quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Não cante sozinho






Aquela banda que (quase) ninguém conhece e você sim. Dentre outras, ela vira uma de suas favoritas - ou a favorita. Faz de tudo pra promovê-la e mostrar a todos a sua paixão e admiração pela banda. Mas quando ela fica famosa, e todos aqueles que te não gostavam passam a amar e ouvir as musicas deles, você se enerva, pois quem sempre gostou da banda até então era SÓ VOCÊ.
Será que isso não passa de um egoísmo e tentativa de parecer especial? Porque afinal aquela banda era sua favorita, como fã deveria querer seu sucesso. Porque a fama é uma faca de dois gumes e você como fã deveria compreender o que ela trás.
Porque mais do que querer ser especial por ser o único a escutar aquela banda, grupo, dupla ou cantor, é o prazer de não cantar sozinho. É compreender que os momentos são compostos, e não se ganha muito sendo solitário. Que quando um amigo sabe uma musica que toca na rádio e você também, prive seu discurso. Cante. Cante junto.




segunda-feira, 11 de junho de 2012

“Você não me conhece direito... Ninguém me conhece direito"



Odeio quando as pessoas dizem que não as conhecemos de verdade. Só o fato de estarem dizendo isso é grosseiro. É a maneira nada sutil de jogar na sua cara que você não faz parte nem sabe nada da vida dela. E talvez ninguém se conheça o bastante para afirmar isso.
O engraçado é perceber que esse truque é muito utilizado pelos dramáticos e por aqueles que querem se fazer de misteriosos- incompreendidos.  É a forma mais prática de fazer a outra pessoa se sentir um idiota por não saber quem você é de verdade.
O que eu quero dizer é que, nem mesmo eu, que acho que sei quem sou, me conheço por inteiro ou me percorri toda, então não posso exigir que ninguém o faça por mim.
Entender isso é valorizar as pessoas que convivem com você ou que te aturam, porque mesmo que você não queira, elas te conhecem nos pequenos detalhes. É entender que exigir compreensão sem dar, é perda de tempo.  

domingo, 8 de abril de 2012

Porque tão irritantes ?! (Ou seriam irritados ?)

Religiosos fervorosos das mais populares costumam ser tão irritantes. E sim, isso é uma opinião pessoal.
Uma vez eu escutei isso de alguém, que dizia “É como ex fumante, até quando fumava estava feliz, depois que parou, quer todos parem com ele”. E estou certa que é exatamente isso.
Quando se crê em algo, se faz somente por si. Eu creio em Deus e nem por isso devo difamar os ateus e tentar convencê-los a abandonar suas teorias para crer Nele também.
E as pessoas são sábias em dizer que religião não se discute, porque vale como uma lei geral. Pessoas com ideais fixados são difíceis de conversar. Qualquer palavra dita e mal interpretada já é o bastante para ocasionar um grande transtorno para ambos.
E não falo somente de religiosos, mas também os fanáticos, os capitalistas e comunistas, os fans em geral... – todos eles desagradáveis. Não por seguirem algum ideal, mas por deixarem esse ideal inflamar suas almas com a única certeza de que todos que são diferentes a vocês, estão errados.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Sonhar mais um sonho


Sempre sonhei com aqueles grandiosos musicais da Broadway, com as ruas de New York, pessoas andando o tempo todo e aquelas luzes que nunca param de brilhar. Sempre acreditei que esse era meu destino (se é que existe destino), cantar, dançar e interpretar grandes musicais.
Para realizar este sonho, pesquisava nomes de grandes colégios para jovens artistas em países conceituados e planejava meu futuro por lá. Planejava ser tudo aquilo que meus sonhos desejavam.
Mas durante o meu crescimento (tanto cronológico como espiritual e mental) fui percebendo dentro de mim outros desejos dos quais meus sonhos consumiam. O desejo de ser cada vez melhor para mim e para os outro. O desejo de viajar para lugares históricos e pouco conhecidos. O desejo de viajar não só para conhecer o mundo, mas para que o mundo me percorra toda, assim como eu sozinha não consigo fazê-lo.  O desejo que ia além do sonho de uma lua de mel em Paris, porque a vida é muito mais que uma lua de mel em Paris.
Porque eu, como toda garotinha programada por tudo e por todos, cresci ouvindo pudores e privações, brincando de boneca sem saber o que aquilo significava, assistindo filmes de lindas princesas que todas nós sonhamos ser.
Cresci com essa certeza dos filmes de a cada frase dita “Eu te amo” era como um gatilho disparado ao som e ao sentimento (como diz Ferreira Gullar). Mas as coisas mudam, sempre mudam... A vida te enche de incertezas e afirmações que estão sujeitas a modificações o tempo todo. Porque quando somos crianças e dizemos que a nossa cor predileta de massinha é vermelha, é essa a certeza que nos cabe. Sem discussões se amanha pode continuar a ser ou não vermelho. E o que importa se não for!
Esse medo de ser julgado pelas pessoas é injetado em nós todos desde que nascemos, só que varia das pessoas desde quando elas passam a aceitar conselhos fracassados. “Amadurecemos” com fraquezas que não são nossas, e com medo de afirmar o hoje sem certezas para no final nos contradizermos e apontarem nossos erros.
A vida é feita de incertezas, porque nem o fato deu estar viva me garante a vida. E eu nunca saberei se isso que sinto é amor, ou de tanto escutar essa palavra me convenci disso. Nunca saberei se gosto mesmo dos Beatles ou de tanto os escutar me convenci que gosto. Ou que me criei assim para me convencer de que não gosto de ser como os outros. Que um dia, coloquei em minha cabeça que queria ser uma atriz da Broadway de tanto assistir a musicais. Ou que sonhava em passar a lua de mel em Paris por achar que não só a pessoa tinha de ser mágica, mas o lugar também.
Mas como já afirmei anteriormente, as coisas mudam o tempo todo, e é uma coisa que gosto de repetir. Porque mesmo com essa garotinha dos sonhos parisienses dentro de mim, criei outras expectativas.
Porque meu desejo maior, hoje, é visitar a ilha de Java, ou saber como funciona o FIB (Felicidade interna Bruta) no Butão. Como eles que tem vidas tão escassas podem ser mais felizes que nós, que acreditamos ter tudo. Conhecer as florestas selvagens da China e ver as auroras boreais na Groelândia. Conhecer a Rússia, o país de uma de minhas heroínas.
Tudo isso não muda o meu sonho de conhecer Itália e seus segredos, e descobrir o que me espera em Viena (Billy Joel), mas me convence de que nós não estamos estagnados num só ponto, num só sentimento. Porque o tempo é um senhor superior que nunca para e não sente pena de ninguém. Ele marca e te traga. Mas principalmente, ele passa como tudo na vida, ele passa.
Descobri que eu sou ampla e infinita, e nunca me descobrirei toda, porque sou uma desbravadora de mim mesma. E tenho mais amores do que pensava, mais talentos do que conhecia, mais desejos que poderia imaginar.
Hoje, não me importo se vou ou se fico, porque o que nos resta no final são as nossas lembranças e as historias que criamos com elas. Porque é isso que vai preservar o que não pode ser mudado, o passado.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Cartas para o desconhecido





E depois de muita mágoa por conta de tolices das quais eu sempre acredito, você vêm até mim querendo ser aquilo que sempre desejei, e naquele momento rejeitei - o amor da minha vida.
Não que eu não quisesse que tu fosses meu amor, meu amado, meu amante. É que sempre me pegam desprevenida. Ou eu seja sempre desprevenida para sentimentos que possam destruir nosso frágil castelo de areia...
Talvez eu tenha me esforçado demais em construir esse tal castelo, para descobrir, depois de muito esforço, que ele era de areia. Uma areia pura, branca e fina, na qual com um leve sopro, desaba em cima de nosso amor. E pensando em nosso amor, tentando protegê-lo, o fiz novamente...
Acontece que tudo isso é delicado demais... Frágil demais para lidar com o peso do mundo que cisma em implicar com o que sinto...[...]
        


                                                                                                          Ana Paula está inspirada.

sábado, 3 de setembro de 2011

Devir




Hoje eu mudei.
Hoje acredito que tudo muda o tempo todo.
Outros diriam:"Que horror!Tudo mundo o tempo todo!"
Mas eu digo:"Que lindo!Tudo muda o tempo todo!"
Digo que tudo muda o tempo todo porque o amor que sinto por ti,não é o mesmo amor que senti ontem,e nem será o mesmo amor que sentirei amanhã.
Algumas coisas mudam,outras se transformam,e outras se perdem para sempre.
Mas eu afirmo hoje (que ainda tenho a certeza da vida), que o meu amor por ti,muda a cada segundo...fazendo-se maior,e cada vez maior, assim como minha saudade.!

                                                                                                                                                                      

                                                                                                            Ana Paula ama Devir

terça-feira, 10 de maio de 2011

A dita cuja

Nascemos com um conceito muito moldado do amor.Tudo ao nosso redor nos mostra um amor pronto,firme,lindo e correspondido.Um amor que não se abala fácil,que tem por conceito não ver raça,religião ou classe social.Que naturalmente com todos esses adjetivos pouco se importa com a opinião dos outros,ou o que irão pensar dela se por um desvio cometer um desatino.
Seria lindo se ele realmente fosse assim,não é?!O amor.Aquilo que o ser humano mais fala,e menos sabe sobre.
Acontece que não se trata de um conto de fadas onde um principe lindo,inteligente,educado e rico vem lhe buscar num imponente cavalo quarto de milha branco.
Sinto dizer meu amor.Não é assim que a dita cuja funciona.
O amor não se trata de uma pessoa,uma coisa,um objeto,um ser.É mais complexo que isso,ou talvez não seja e quem o faz complicado somos nós.
O amor é o sentimento mais nobre de todos,o mais puro,o mais simples.
É o frio na barriga,o brilho nos olhos,a confiança cega,o corpo e a alma.
E quem diz outra coisa,é idiota.